Seria clichê demais começarmos um texto desta forma: “terminamos o ano com o sentimento de dever cumprido”? Sim, seria. Mas às vezes clichês contêm verdades e esta é uma. No começo de 2021 não sabíamos o que o LABÔ seria (aliás, ninguém sabia de nada). Sabíamos que continuaríamos com as atividades online, que os grupos continuariam suas reuniões a distância e nos adequaríamos segundo as orientações da Fundação São Paulo.
Finalizamos o ano de 2021 com 17 grupos de pesquisa que nos dão orgulho imenso – não só pelo que produzem, mas pela maneira que o fazem e por sua motivação. Temos pesquisadores de outros estados, de outros países e por isso podemos dizer que o LABÔ realmente reúne as pessoas certas, nos lugares certos, independentemente de onde estejam, com o propósito de produzir, de criar conhecimento, de levar conhecimento. Criamos laços que vão além da produção acadêmica e que são mostrados nos seminários, nos textos, nas discussões, nas aulas e nos eventos.
Agora, no final de 2021, o LABÔ tem mais tempo de vida virtualmente/online do que presencialmente, já que começamos nossas atividades em fevereiro de 2019. Talvez seja possível dizer que estamos no caminho certo, reunindo pessoas de todos os lugares, estando fisicamente ao lado um do outro, ou no quadradinho do zoom. Nós só podemos agradecer por tudo o que foi produzido e pelo que o LABÔ se tornou – com um agradecimento especial aos coordenadores e pesquisadores que temos e, é claro aos milhares de leitores do off-lattes. O que será que veremos em 2022? Aulas, eventos, novidades presenciais e a distância… Mas não temos como prever tudo, só temos certeza de que o LABÔ é dessas experiências raras que às vezes acontecem por um breve momento da história, já que o puro eros pelo conhecimento é dessas raridades.
Luiz Felipe Pondé e Andréa Kogan
Imagem: detalhe de “A Vitória de Eros”, de Angelica Kauffmann (séc XVIII)