Cinema, Filosofia e Religião

Casablanca como alegoria dos Estados Unidos

O arco dramático de Rick Blaine e o Conceito-Imagem do Sacrifício

Casablanca (Curtiz, 1942) é considerado o maior clássico romântico do cinema hollywoodiano. A malfadada história e amor de Rick Blaine e Ilsa Lund, ao som da inesquecível As time goes by, permeou o imaginário de várias gerações e ainda vem conquistando novos corações. Contudo, há uma outra dimensão do filme que vem sendo negligenciada: a geopolítica. De fato, não só o personagem de Rick Blaine foi utilizado como veículo de propaganda do esforço de guerra, como também pode ser visto como uma alegoria dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.

Após a Primeira Guerra, o país adotou uma postura isolacionista, refletida em sua recusa em integrar a Liga das Nações e em sua legislação de Neutralidade nos anos 1930, que restringiam a venda de armas e empréstimos a países em guerra. Embora o presidente Franklin D. Roosevelt estivesse convencido da ameaça nazista, a maioria dos americanos (80%, de acordo com pesquisas de opinião da época) não desejava o envolvimento do país no conflito. Entre eles, estavam os isolacionistas, liderados por Charles Lindbergh e organizados pelo influente America First Committee – qualquer semelhança com movimentos atuais não é mera semelhança -, e o German American Bund, que promovia abertamente os ideais de Hitler e organizava comícios com bandeiras, suásticas e retratos do Führer. Era como se os EUA tivessem esquecido os valores defendidos pelos Founding Fathers na Declaração de Independência de 1776 e na Constituição de 1787, ligados à liberdade, à luta contra a opressão e à defesa dos mais fracos.

Essa mesma conjuntura encontra espelho simbólico na construção do microcosmo de Casablanca da época da República de Vichy, quando a cidade marroquina era ponto de partida para refugiados que queriam emigrar para a América. O protagonista Rick Blaine (Humphrey Bogart) é um expatriado americano que opera o Rick’s Café Américain, frequentado por refugiados, oportunistas e agentes de diversas nacionalidades. Sua postura inicial é marcada por um cinismo apolítico, que ecoa diretamente o espírito isolacionista acima mencionado, e seu bar, como os EUA pré-Pearl Harbor, é um espaço de comércio e conveniência, não de princípios. De maneira semelhante, mas ainda mais pragmática, o Signor Ferrari (Sydney Greenstreet), dono do Blue Parrot, representa a figura do negociador italiano, disposto a qualquer barganha. Isso inclui, até mesmo, “comprar” Sam (Dooley Wilson), o pianista de Rick, que responde: Não compro ou vendo seres humanos. Por sua vez, o Capitão Renault (Claude Rains), oficial da polícia da República de Vichy, simboliza a ambiguidade, o colaboracionismo francês e o interesse em explorar o desespero dos refugiados.

Outro personagem que só visa o lucro é Guillermo Ugarte (Peter Lorre), um contrabandista nervoso e oportunista. Ele revela a Rick que está de posse de duas cartas de trânsito extremamente valiosas que permitem a seus portadores fugirem para Lisboa e, de lá, para os Estados Unidos. Ugarte confessa ter conseguido as cartas assassinando dois correios alemães, o que as torna não apenas valiosas, mas também altamente perigosas. Ele pede que Rick guarde os documentos “só por uma noite”, confiando que Rick não será investigado ou revistado. Pouco depois, Ugarte é preso pela polícia local, em meio à multidão do café. Grita por Rick, pedindo ajuda, mas Rick afirma: Não arrisco o meu pescoço por ninguém. E Ugarte morre sob custódia.

A declaração de que não se envolve com ninguém resume o isolacionismo de Rick, postura essa reforçada na cena em que ele é apresentado a outra peça do microcosmo de Casablanca, o oficial nazista Major Strasser (Conrad Veidt). O major questiona a Rick Qual a sua nacionalidade? ao que ele responde: Sou um bêbado — uma réplica sarcástica que evita qualquer compromisso ideológico ou patriótico.

Acontece que, como aponta Ferrari em uma conversa com Rick, o isolacionismo não é mais uma política prática, sinalizando que o mundo já não tolerava mais a não-intervenção e estava prestes a mudar. Isso fica evidente quando entra Ilsa Lund (Ingrid Bergman) no Rick’s Café. A câmera foca o rosto atônito de Rick, enquanto As Time Goes By, que Sam toca no piano, marca o retorno da memória, do afeto e da dor de quando ela o abandonou repentinamente em Paris, às vésperas da ocupação nazista. E pior: Ilsa vem acompanhada de seu marido, Victor Laszlo (Paul Henreid) – líder da resistência tcheca e figura simbólica da luta contra o fascismo que completa o panorama geopolítico.

A chegada de Ilsa desencadeia a erosão da persona cínica que Rick construiu desde então. Sua atitude muda drasticamente. Do distanciamento blasé, ele passa ao sarcasmo e à amargura. No reencontro subsequente, já no bar fechado, ele a confronta bêbado, com falas cruéis e observa ao final: De todos os botecos de todas as cidades em todo o mundo, ela entra justo no meu. O trauma da perda está associado à queda do idealismo: o Rick de Paris era um homem apaixonado, engajado, generoso; o Rick de Casablanca é duro, desencantado e isolado — e isso, como se revela aos poucos, foi uma resposta à perda não só de Ilsa, mas também da fé em causas maiores.

Com efeito, Rick não foi sempre o sujeito apático que afirma ser. Ao longo de suas conversas com Ilsa, Renault e Laszlo, descobrimos que ele já havia lutado contra os fascistas na Guerra Civil Espanhola, ao lado dos republicanos, contrabandeado armas para a Etiópia e sido perseguido por regimes autoritários. Há até mesmo uma menção a “um preço pela sua cabeça em três países”, sugerindo que ele teve envolvimento político ativo e subversivo. Ilustrativo desse passado é o diálogo em que Laszlo lhe pergunta: Não é estranho você lutar sempre ao lado do azarão? A réplica de Rick é simplesmente: Sim, penso que é um hobby muito caro. Essa resposta atinge o cerne da resistência autoconfiante de Rick em apoiar outro “azarão” como Laszlo: seu hábito de se comprometer com causas justas invariavelmente lhe cobram um custo pessoal. Rick, assim, escolheu o exílio e a neutralidade como mecanismo de defesa, tanto emocional quanto político.

Contudo, toda a situação com Ilsa tira Rick de seu torpor moral. O começo de sua transformação fica evidente quando ajuda um jovem casal búlgaro a escapar de Casablanca, manipulando uma roleta a seu favor e atrapalhando o plano de Renault, que pretendia dar os vistos em troca de favores sexuais da esposa. Nessa cena, Rick revela um princípio ético oculto, um prenúncio da guinada moral dos EUA.

Uma das cenas mais memoráveis de Casablanca ocorre quando oficiais alemães, no bar de Rick, entoam Die Wacht am Rhein (A Guarda no Reno), um hino nacionalista prussiano com forte carga simbólica de militarismo e supremacia germânica. Em resposta, Laszlo ordena que a banda toque La Marseillaise, o hino nacional francês. A orquestra hesita, temendo represálias, mas Rick dá um discreto aceno afirmativo, autorizando a performance. O salão explode em canto coletivo, suplantando os alemães. Alguns frequentadores choram – inclusive de verdade, já que vários atores e extras do filme foram interpretados por refugiados europeus -, outros batem com os copos nas mesas em sincronia, todos tomados por uma emoção que transcende a ficção.

Essa cena pode ser interpretada como um momento de virada simbólica, tanto dentro do arco narrativo de Rick quanto em relação ao papel dos Estados Unidos na guerra. Ao permitir a execução de La Marseillaise — ato que desafia diretamente a presença e a autoridade dos nazistas — Rick rompe com sua neutralidade confortável e assume uma posição política clara. Como observa o portal FilmHistoryandCulture (2011), esse é o instante em que “o silêncio pragmático do protagonista se converte em ação moral”, simbolizando o mesmo dilema vivido pelos Estados Unidos nos anos de 1940 a 1941. A referência ao hino francês, país então sob ocupação nazista, não é aleatória. A canção evoca valores universais de liberdade, resistência e sacrifício, funcionando como um chamado emocional não apenas para os personagens da trama, mas também para o espectador americano da época, instado a reconsiderar a inércia política.

Do ponto de vista histórico, a cena foi gravada poucos meses após o ataque japonês a Pearl Harbor (07/12/1941). Casablanca, portanto, oscilava entre o passado recente e o presente engajado, funcionando como uma peça de propaganda sutil, mas eficaz, ao alinhar a transformação pessoal de Rick com a transformação da América. A performance de La Marseillaise não é apenas um duelo musical entre franceses e alemães. Ela marca o início da redenção ética de Rick. Sua decisão reflete o espírito que Roosevelt buscava incutir nos cidadãos: o de que lutar contra o fascismo não era apenas uma questão de política externa, mas de dignidade humana universal.

Note-se que não só a chegada de Ilsa, mas também a de Laszlo despertam algo em Rick, ainda que inicialmente ele não dê o braço a torcer. Quando descobre que Rick está de posse das cartas de trânsito, Laszlo, na tentativa de obtê-las para poder continuar a luta antinazista, apela a sua consciência, reafirmando que não lutar é abdicar da vida: Você deve se questionar por que respiramos. Se pararmos de respirar, morremos. Se pararmos de lutar contra nossos inimigos, o mundo irá morrer. Rick responde, de maneira cínica: Que importa isso? Pelo menos acabará sua miséria. Mas a tréplica de Laszlo é certeira e antecipa o final do filme: Sabe como soa, Sr. Blaine? Como um homem tentando convencer a si mesmo de alguma coisa que ele não acredita em seu coração…

Após essa cena, Ilsa volta ao Rick’s sozinha, à noite, quando o bar já está fechado. Ela está desesperada e disposta a tudo para garantir a fuga de Laszlo — mesmo que isso signifique mentir ou sacrificar-se emocionalmente. Inicialmente, ela tenta convencer Rick com palavras, apelando para os sentimentos que tiveram em Paris. Quando percebe que Rick está irredutível, ela saca uma arma e o ameaça, exigindo as cartas de trânsito. No entanto, Rick não se intimida. Em vez disso, ele caminha até ela lentamente e desafia-a a atirar. Ilsa então abaixa a arma, em lágrimas, e confessa a verdade: que ainda estava casada com Laszlo quando conheceu Rick em Paris; que achava que Laszlo estava morto em um campo de concentração; e que descobriu que ele estava vivo na véspera da fuga de Paris e, por isso, abandonou Rick sem explicação. Com a verdade revelada, a tensão entre eles se desfaz. Rick finalmente entende que não foi traído, apenas envolvido numa situação moralmente complexa. Ilsa diz que ainda o ama, mas que pertence à causa de Laszlo, e que Rick deve decidir o que fazer. Rick decide então usar as cartas, supostamente com ele mesmo e Ilsa, o que ganha de imediato a aprovação – e admiração cínica – do Capitão Renault.

O clímax de Casablanca ocorre no aeroporto de Marrakesh, envolto por neblina e tensão. Rick, até então um espectador pragmático e ambíguo dos acontecimentos ao seu redor, toma uma decisão irrevogável: ao invés de fugir com Ilsa ou permanecer com ela em Casablanca, permite a fuga de Laszlo e Ilsa, sacrificando o amor que sente por ela. Ilsa é, portanto, o catalisador para o retorno de Rick à sua identidade moral original. O reencontro com ela não apenas reacende a chama romântica, mas reintegra Rick a uma história coletiva e política da qual ele havia se retirado. Ao reconhecer que Ilsa é parte de algo maior — não apenas seu passado, mas também a luta presente contra o nazismo —, Rick percebe que não pode mais viver no conforto do cinismo. Como escreve o crítico Aljean Harmetz: O reencontro com Ilsa devolve a Rick a lembrança de que já foi um homem que acreditava em algo. O amor e a causa voltam juntos, e ele entende que precisa abrir mão de um para servir ao outro. (HARMETZ, 1992, p. 113)

Como se já não bastasse seu sacrifício amoroso, Rick ainda atira no Major Strasser, impedindo que os nazistas detenham o avião. Esse gesto não é apenas a redenção pessoal de Rick, mas simboliza o engajamento definitivo dos EUA na Segunda Guerra, abandonando o isolacionismo para assumir um papel ativo no combate ao fascismo. Logo após o disparo fatal, Laszlo declara: Bem-vindo de volta à luta. Desta vez sei que nosso lado irá ganhar. A frase resume toda a trajetória simbólica de Rick — e, por extensão, dos EUA. Até então, tanto o personagem quanto o país vinham oscilando entre neutralidade e envolvimento, movidos por interesses estratégicos e hesitação moral. A decisão de Rick de matar um oficial nazista — um gesto extremo de alinhamento — representa o ponto sem retorno: a passagem da resistência passiva à ação direta, da cautela à intervenção ao lado dos Aliados.

Casablanca, lançado em novembro de 1942, foi recebido pelo público como um comentário emocionalmente carregado sobre o dever, o sacrifício e a urgência do momento. O filme funciona, assim, como um manual ético camuflado de romance: cada escolha de Rick reflete uma escolha que os EUA já haviam feito ou estavam prestes a fazer. Ao colocar o bem coletivo — representado pela resistência antifascista — acima de seu desejo pessoal, Peter Augustine Lawler compara Rick ao “estado de natureza” rousseauniano: inicialmente autossuficiente, depois compelido ao sacrifício social (LAWLER, 2005). E é esse, no final das contas, o grande tema do filme e o principal motivo por que ele se tornou clássico definitivo: o sacrifício de Rick em prol de uma causa maior.

Em Casablanca, o sacrifício é o movimento estruturador da narrativa — aquilo a que o filósofo argentino Julio Cabrera define como “conceito-imagem” —, que se dá não como heroísmo idealizado, mas como renúncia silenciosa, cotidiana e dolorosa. O conceito-imagem não é uma ideia abstrata aplicada a uma história, mas uma experiência audiovisual concentrada num núcleo ético-existencial, algo que nos afeta visceralmente. E não há dúvidas de que o gesto de Rick, ao permitir que Ilsa parta com Laszlo, ainda hoje nos afeta emocionalmente ao ponto de desejarmos que Rick tivesse sido mais egoísta e usado ele mesmo as cartas de trânsito.

Mas, se tivesse feito isso, não seria o Rick que tanto admiramos e amamos. Quando entrega as cartas de trânsito, ele reconhece: Ilsa, não sou bom em ser nobre, mas não é necessário pensar muito para ver que os problemas de três pequenas pessoas nada significam neste mundo louco. Esse gesto não é apresentado como glorioso, mas como inevitável, necessário e profundamente melancólico. Rick não se engrandece: ele apenas faz o que deve ser feito. O que ele perde (Ilsa) nunca será recuperado. Ilsa também escolhe. E não escolhe por submissão: ela deseja Rick, mas permanece com o marido — não apenas por dever conjugal, mas porque Laszlo representa a continuidade de uma causa justa, mesmo que sem paixão. Até Renault, o colaboracionista cínico, realiza um pequeno sacrifício. Ele não só não revela que Rick é o assassino do oficial nazista, ao ordenar Prenda os suspeitos usuais, como ainda demonstra seu rompimento com o regime colaboracionista francês ao jogar fora a garrafa de água de Vichy.

Na cena final, ao caminhar ao lado do capitão Renault e declarar Louis, acho que este é o começo de uma bela amizade, Rick sela a aliança com as forças que, mesmo ambíguas, escolheram o lado certo da História. A amizade que se inicia entre os dois representa, assim, a aproximação entre nações anteriormente divididas ou hesitantes, agora unidas contra o inimigo comum: o nazismo. Essa última fala, aparentemente banal, fecha o arco de transformação do protagonista. Rick Blaine evolui de um isolacionista frio a um herói engajado, obedecendo à lógica: quando o bem é identificado, a neutralidade se torna cumplicidade.  

Simultaneamente, a fala simboliza a aliança antinazista que venceria a guerra. Rick, que personifica os Estados Unidos, estende a mão à França, representada por Renault — mas também metaforicamente ao Reino Unido e, mais tardiamente, à União Soviética. Essa amizade recém-formada é também um prenúncio das alianças pós-guerra. A Conferência de Ialta (1945), a criação das Nações Unidas (1945) e, mais adiante, a formação da OTAN (1949) cristalizaram uma nova ordem internacional centrada na liderança americana e na cooperação entre ex-rivais em nome da paz, da reconstrução e da contenção de novas ameaças totalitárias. Uma nova ordem imperfeita e repleta de tensões – como a Guerra Fria, a Guerra do Vietnã, as ditaduras militares na América Latina, a Guerra do Iraque etc. – mas que, ainda assim, impediu a eclosão de uma Terceira Guerra Mundial.

No ocaso dessa ordem e na névoa da guerra que se avizinha, resta saber o que o Rick de agora fará. Here’s looking at you, kid…

Referências bibliográficas

CABRERA, Julio. Cine: 100 años de filosofia. Uma introducción a la filosofia a través del análisis del películas. São Paulo: Nankin, 2007.

CABRERA, Julio. De Hitchcock a Greenway pela história da Filosofia. Barcelona: Gedisa, 2015.

FILMHISTORYANDCULTURE. Casablanca: Rick Blaine, the personification of isolationism. FilmHistoryandCulture.wordpress.com, 2011. Disponível em: <https://filmhistoryandculture.wordpress.com/2011/12/31/casablanca-rick-blaine-the-personification-of-isolationism/&gt;. Acesso em: 30 jun. 2025.

HARMETZ, Aljean. Round Up the Usual Suspects: The Making of Casablanca – Bogart, Bergman, and World War II. New York: Hyperion, 1992.

INDEPENDENT. Casablanca at 75 – Still a Classic of WWII Propaganda. The Independent, 2018. Disponível em: < https://www.independent.co.uk/arts-entertainment/films/casablanca-at-75-still-a-classic-of-wwii-propaganda-humphrey-bogart-ingrid-bergman-morocco-a8076041.html&gt;. Acesso em: 30 jun. 2025.

LAWLER, Peter Augustine. An American Fantasy? Casablanca and the Unreality of American Politics. In: PONTUSO, James F. (Org.). Political Philosophy Comes to Rick’s: Casablanca and American Civic Culture. Lanham: Lexington Books, 2005. p. 13–28.

THE ATLANTIC. American Nazis in the 1930s – The German American Bund. Disponível em <https://www.theatlantic.com/photo/2017/06/american-nazis-in-the-1930sthe-german-american-bund/529185/&gt;. Acesso em: 03 jul. 2025.

Imagem: fotograma de “Casablanca” (divulgação)

Sobre o autor

Márcia Bulle

Advogada formada pela Faculdade de Direito da USP, com pós-graduação em Direito Processual Civil e Direito Contratual pela PUC, LLM em Direito do Mercado Financeiro pelo IBMEC e Especialização em Roteiro pela FAAP. Atualmente, trabalha como roteirista e pesquisadora. Pesquisadora do grupo de Cinema, Filosofia e Religião, do Laboratório de Política, Comportamento e Mídia da Fundação São Paulo/PUC-SP – LABÔ.