A Crise do Amadurecimento na Contemporaneidade

O indivíduo contra o social

O ‘nós’ dual inseparavelmente pousa sobre o ‘nós’ plural
Amós Oz

Depois da sociedade contra o estado e a sociedade contra o social, chegou a vez do indivíduo contra a sociedade, contra o social. A felicidade e os infortúnios da vida são da alçada do indivíduo. Seus transtornos – TDAH, depressões, bipolaridade, compulsões, ingerência sobre o tempo, baixa produtividade e até suas brochadas – são referidos campo do indivíduo. Suas paralisias, embotamentos e agressões circulam infinitamente esta entidade moderna chamada “indivíduo”, cuja descrição se assemelha ao que faz o geopolítico quando fala do Paraguai e sua relação ao mar: sem saída. Será mesmo que os antigos pressupostos de que pouca coisa relevante acontece ao humano que não esteja em relação com outro, e de que as condições materiais da vida determinam os modos como se dão as relações entre os humanos foram deixados de lado, como se fossem ecos de saberes tão arcaicos quanto as técnicas de leitura do futuro na borra de café? Dizer que aquilo que ocorre ao singular também ocorre ao coletivo, que aquilo que ocorre ao coletivo determina as condições de sustentação dos processos necessários à formação do singular é escandaloso e não resistiria a um exame por imagem. Qualquer que seja o estado do social, é indiferente. O indivíduo basta a si mesmo, contando apenas com sua capacidade de ter objetivos e persegui-los, ainda que o sentido desses objetivos possa carecer de significado pessoal.

Aliás, o interesse pelo sentido de algo também faz parte das crenças esquecidas, como as benzedeiras e suas rezas, ou perdido em algum caderno dois de jornal – que é lido, com sorte, pelos alunos do autor. Muitas são as consequências dessa hegemonia ideológica. Por exemplo, na educação submetida à lógica do consumo, em que o cliente é a última instância da razão – na escola particular, o que paga a mensalidade; na escola pública, o eleitor – pensar as relações (ambientais, econômicas, morais, políticas e culturais) é démodé. A escola pode não ter papel higiênico no banheiro, ter professores mal remunerados, com pouca formação e muitos dos materiais adquiridos sugerirem antes os compromissos de campanha que as reais necessidades pedagógicas. Mas, se algo vai mal, decerto a moralidade do pai, a competência do professor ou a saúde da criança alcançam o posto de razão explicativa suficiente.

Na escola particular, a situação não é melhor. Sai o cliente enquanto eleitor e entra o cliente enquanto pagador de mensalidade e sua recorrente ameaça “vou procurar outra escola para o meu filho”. Em comum, a certeza de que o cliente tem sempre razão. E a razão do cliente da educação básica está contida na certeza intuitiva, e não escrita, sobre a função da escola na modernidade, que seria não deixar que a roda do mundo deixe de girar: a empresa não pode parar, as carreiras não podem ter interrupções, o “eu” não pode sofrer constrangimentos em sua busca por realização. Se algo vai mal, o diagnóstico da criança é sempre a melhor casuística. Não somos nós, os outros da criança, que devemos nos adaptar para que floresçam os potenciais maturativos infantis. A criança é quem deve se adaptar. Caso as escolas funcionassem 24h, certamente haveria aquela criança que só veria o próprio quarto nos finais de semana – caso não fosse enviada diretamente para a casa dos avós. A criança de hoje (e quanto mais cedo ingressa na escola, mais sensível se torna o problema) deve seguir os padrões espartanos de uma educação bélica feita para que ela se torne o guerreiro empreendedor de si mesma. Brincar? Só se a brincadeira for produtiva. Chorar a saudade da mãe na hora do almoço? Não há tempo, porque a outra turma logo vem usar o refeitório!

A criança foi alçada ao patamar de garantidora da maior promessa da modernidade: o direito a autorrealização pessoal.

No mito moderno, a autoridade, a moralidade e a identidade são articulações feitas (1) sempre no plural (autoridades, moralidades e identidades); (2) os lugares sociais são dinâmicos; (3) as relações com as divindades, com o corpo, com o trabalho, com os afetos, com o consumo são feitas no prêt-à-porter narcísico; e (4) do poder se diz que a virtude está no vínculo horizontal e o vício no vertical. Em consequência, saber-se satisfeito e encontrar uma agulha num palheiro são tarefas de complexidades semelhantes – vide a importância dada aos temas da felicidade, da realização pessoal e às buscas por manuais de como viver a vida “autoajudando a si mesmo” (e ao autor do livro, claro).

No entanto, nalguma caverna ou na clausura de algum consultório, ainda há aqueles que apontam a preponderância do outro no vir-a-ser humano. Ainda há aqueles que, à semelhança de antigos pastores, armados de sua Bíblia mal lida, caixote de madeira e do vexaminoso bumbo, fazem ecoar nas praças as mensagens que ninguém quer escutar. Batem seu bumbo e dizem que o outro tem papel fundante na Paideia humana, no seu vir-a-ser, e o mal-estar nesse campo, o campo do outro denunciaria a condição em que se dá a sociabilidade nos dias de hoje.

O filósofo Peter Sloterdijk, em Esferas I: Bolhas, não deixa dúvida sobre a ideia de que o humano se faz construindo esferas, sua forma própria é esférica, aliado em uma comunidade insuflada:

Que a vida é uma questão de forma, essa é a tese que associamos à venerável expressão ‘esfera’ […] ela sugere que viver, constituir esferas e pensar são diferentes expressões para a mesma coisa […] A esfera é a rotundidade fechada, dotada de um interior compartilhado, que os homens habitam enquanto têm sucesso em se tornar homens […] nas esferas, inspirações compartilhadas tornam-se o fundamento da possibilidade de convivência de seres humanos em comunidades e nações. (SLOTERDIJK, 2016, pp. 14; 29; 31)

Quer dizer que, desde o nascimento, individual ou coletivo, é esperada a parceria com outro (parceria construtora de zonas imunológicas) enquanto aliado insuflador do ar vital, como Deus soprando vida na argila primordial. Levamos nosso aliado sempre conosco, dele precisamos:

Quem se mantém fiel à criança em seu êxodo para fora do quarto de brinquedos? Em quais atenções e animações do espaço está a criança envolvida quando sua vida tem êxito nas trajetórias ascendentes? Quem acompanha a criança em seu caminho para as coisas e para o que há de essencial nelas: o mundo compartilhado? Há, em todos os casos, alguém cujo êxtase impele as crianças para frente no espaço de possibilidades? Toda vida que emerge e se individualiza, estaria ela enquanto tal contida em um sopro solidário? É legitimo pensar que tudo o que existe e é tematizado estaria envolto pelo cuidado de alguém? (SLOTERDIJK, 2016, p. 21)

A ideia de zona imunológica como lugar de vida para os humanos provém de que os “seres humanos são arquitetos de espaços interiores”, vivendo “sempre no interior de receptáculos autogerados, onde tudo o que é encontrado está submetido a climatizações simbólicas, calibragens semiológicas e atmosférico-afetivas” (GARCIA, 2017, p. 15) – o que acentua a relevância de se pensar o acontecimento humano, tanto nas relações duais quanto nas organizações e instituições humanas quanto na escola, no eixo um com o outro:

Se eu conto a alguém que vi um bebê entrar no mar, imediatamente o meu interlocutor perguntará quem o carregava, quem estava com ele, pois não se vê um bebê sozinho por aí. Ora, a analítica sloterdijkiana pretende fazer jus à radicalidade e à intensidade desse com. Esse com é, na verdade, um estar em, um estar dentro. (GARCIA, 2017, p. 15)

As primeiras faces humanas são cruciais para que se estruturem as climatizações afetivas imunológicas, imuno defensivas contra o que está fora da esfera humana não é apreensível, nonsense.

Nossos ancestrais se plasmaram mutuamente no denso microclima de atenções e mimos cujas temperaturas afetivas podem ser lembradas ainda hoje naqueles momentos em que paramos para sorrir e simpatizar com lindos rostos de bebês e de crianças miúdas (GARCIA, 2017, p. 44)

Da primeira bolha facial materna, a esfera se alarga na esfera-bolha comunitária e daí para a absorção das territorialidades não-humanas. Aquilo que foi engendrado no interior da esfera imunológica afetiva facial deve ser projetado/transferido para o fora na conquista do habitat externo ao da bolha inicial – terraformação do ambiente, instalação do humano nas novas casas-mundo humanas.

O psicanalista Michael Balint, em A Falha Básica, nos fala que vivíamos na harmonia inicial do ventre, e que o nascimento é o trauma do remanejamento dessa harmonia chamada por ele de “amor primário”, da relação primitiva entre duas pessoas que: “pode ser considerada como uma instância da relação objetal primária ou de amor primário” (BALINT, 1993 [1979], p. 15). No tempo do amor primário, a atividade do bebê e o âmbito de seus desejos estão alocados na espera amorosa:

A criança apresenta inicialmente, na teoria balintiana, um desejo passivo de ternura, ou desejo de ser amado, cuja satisfação é uma sensação calma e tranquila de bem-estar. Esse desejo de ternura passivo, que Balint denomina também de amor de objeto passivo ou de amor primário, consiste no desejo de ser amado e cuidado sempre, de ser atendido em todos os desejos, interesses e necessidades, de forma incondicional, sem ter que dar nada em troca. (LEJARRAGA, 2005, pp. 87-102)

A espera decorre de que, no princípio da vida, haveria um estado de harmonia com o ambiente, uma mistura essencial:

O indivíduo nasce num estado de intensa relação com o seu entorno, tanto biológica como libidinalmente. Antes do nascimento, o self e o entorno estão harmoniosamente ‘misturados’; de fato, interpenetram-se. Nesse mundo, como já foi mencionado, ainda não existem objetos, somente substâncias ou expansões sem limites (BALINT, 1993 [1979], p. 61)

Algumas ações são necessárias para a recepção do filhote humano em sua chegada ao mundo (encontro objetos), que é traumática por romper com a harmonia do amor primário. O colo inadequado, nos diz Balint, lança o pequeno úteronauta na dimensão da falha básica – fenômeno traumático por excelência, cujas defesas (reações ao surgimento dos objetos ainda não domesticados pela face humana) são de dois tipos: ocnofília e filobatismo. O filobata se relaciona com os objetos distanciando-se deles, “preferindo” investimentos feitos em seu próprio eu, quase sempre exacerbados. O ocnofílico, por sua vez, “opta” pelos movimentos de colagem aos objetos e por quase nenhum investimento em si mesmo. Ambas as formas reagem ao surgimento dos objetos decorrentes do rompimento da harmonia primitiva numa situação desfavorável (em que há, no entorno, falhas severas no contato) para a elaboração psíquica:

A reação do ocnofílico ao surgimento de objetos consiste em aferrar-se a eles e introjetá-los; sem eles, se sente perdido e inseguro; aparentemente, prefere investir em suas relações objetais […] o tipo filobata investe as funções de seu próprio ‘eu’ e desta maneira desenvolve habilidades e atitudes para manter-se só, necessitando o mínimo possível da ajuda de seus objetos, e quem sabe até sem deles necessitar (BALINT, 1993 [1979], pp. 86-87)

Balint diz que os encontros mal apoiados primevos, dos quais decorrem as relações ocnofílicas e filobáticas, descrevem uma vida que circundará o âmbito da falha básica:

Falhas severas do entorno, nesses primórdios da existência, levam à falha básica patogênica – brusca ruptura do amor primário – provocando sofrimentos difusos como falta de sentido da vida, dificuldade de sentir qualquer tipo de prazer, falta de um lugar no mundo, depressões (LEJARRAGA, 2018, p. 18)

A falha básica é “a passagem traumática da situação originária de harmonia para a constituição mais definitiva dos objetos” (PEIXOTO, 2004, p. 242). O mundo e os objetos chegam para o infans através dos encontros e dos desencontros que solapam a harmonia primitiva anterior, sendo ela “destruída por falhas provocadas pelo próprio sujeito ou pelos outros à sua volta […] na interação do indivíduo com o ambiente”, em que “emergem como presença discreta os primeiros objetos delimitados separadamente” (PEIXOTO, 2004, p. 242).

A comitiva humana, desde seus primórdios, avançou em sua “conquista do Oeste” criando esferas, espacializações comunitárias protetoras e naves intraespaciais afetivas para habitar o espaços extramundo humano, sob a condição de serem esses espaços externos capazes de ser os receptáculos dos conteúdos imuno-esféricos advindos do interior da esfera-bolha humana. Usando trajes imuno afetivos, os humanos inoculam o nonsense Real com seus constructos culturais protetivos, tornando o ambiente humanamente habitável. Foi assim até a modernidade. Porque ela alterou as condições das transferências imuno-culturais, rompendo traumaticamente a homeostase conhecida. Disse Sloterdijk, que “participar da modernidade significa pôr em risco os sistemas imunológicos que se desenvolveram ao longo da evolução” (2016, p. 23). Equivale a dizer que a modernidade solapou as narrativas mítico-culturais em que se assentavam as esferas iniciais. Sabedores de que seu lugar no universo correspondia ao alcance de sua literatura, que a língua dos astros finitos era um enxame de significados humanos e que o universo finito tinha o sentido amarrado às barbas de Deus, a modernidade, e sua revelação de um universo infinito, fora de centro e sentido, impôs um rompimento afásico na trajetória esférica humana. Fim da magia, da língua dos astros. A nova imagem do mundo sugeria que sua natureza era um agregado de partículas químico-biológicas cujos encontros casuais sem prévia inteligência atestam tanto um universo sem sentido quanto a descartável hipótese Deus. Eis a nova imagem que a bandeira da modernidade desfralda, rompendo com as esferas estáveis que davam sustentação e rosto conhecido à bolha inaugural:

Os cidadãos da época moderna se encontraram forçosamente em uma nova situação, que lhes retirou, junto com a ilusão da posição central de seu torrão na totalidade do mundo, também a consoladora imagem de que a Terra achava-se envolta por abóbodas esféricas, como aconchegantes mantos celestiais. A partir daí, os homens modernos tiveram de aprender como é possível existir enquanto núcleo, mesmo desprovido de camadas envoltórias (SLOTERDIJK, 2016, pp. 23-25)

Para Sloterdijk, a modernidade exigiu novas formas imunológicas:

A Modernidade se caracteriza por produzir tecnicamente suas imunidades e separa cada vez mais suas estruturas de segurança das tradicionais criações literárias e cosmológicas. A civilização de alta tecnologia, o Estado de bem-estar social, o mercado global, a esfera midiática: todos estes grandes projetos visam, em uma época sem camadas de proteção, emular a imaginária segurança das esferas (SLOTERDIJK, 2016, p. 26)

As novas formas imunológicas que construímos na modernidade são satisfatórias? Tecnologia, Estado de bem-estar social, mercado global ou as mídias podem mesmo emular as antigas formas imaginárias de proteção esférica? Babás eletrônicas [1], sistemas racionalizados e burocratizados de proteção social [2] tendentes ao aumento dos poderes estatais e dos poderes dos especialistas (e gurus de internet) sobre as famílias, investimentos narcísicos no eu e nos objetos do consumo e de identidade e relações precárias baseadas no imperativo do “cliente” podem mesmo substituir a face humana comunitária, aliada, insufladora? Estamos aptos a receber bem os imigrantes do amor primário, os viajantes da nave uterina?

O consenso atual diz que sim. Diz que os infortúnios sintomáticos nada dizem sobre o estado de nossa sociabilidade. Que o sofrimento é endógeno, que as evidências científicas falam apenas de neurotransmissores e que a sorte no trabalho ou no amor é resultado do que foi tabulado na prancheta do coach disponível. Os críticos dirão que os fenômenos clínicos são produzidos materialmente nas entranhas da atual forma de sociabilidade, e que, para além da necessária investigação e da boa prática científicas, haveria um cientificismo narrativo feito para salvar as aparências do bem-estar prometido no projeto da modernidade. Encrenca epistemológica. Na prática, vale o consenso de que o indivíduo é tudo, tudo de bom. No mundo encantado do pensamento positivo, por exemplo, em que “os desafios são todos interiores” (EHRENREICH, 2013), não existe mal – guerra, recessão, precarização do trabalho, globalização, ciúmes, traição, mentira, impotência, incompetência, chifre, azar, furúnculo ou demissão – que não possa ser curado com doses de vibração positiva ao som de mantras entoados por alguém vestindo uma bata branca. O sucesso que a psicologia positiva vem fazendo no mundo empresarial – “a felicidade é a precondição para realização pessoal e o sucesso se aplica também a qualquer outra esfera da vida diária” (CABANAS & ILLOUZ, 2022) – sinaliza que não acreditamos mais que as condições materiais em que vivemos e/ou que os colos que recebemos ao longo da vida tenham qualquer participação no estado das coisas.

O indivíduo se voltou contra o social, e triunfou.

Referências

CLASTRES, Pierre. A Sociedade contra o Estado – Pesquisas de antropologia política. São Paulo: Cosac Naify, 2014.

BALINT, Michael. A Falha Básica – Aspectos terapêuticos da regressão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

______. La Falta Basica – Aspectos terapêuticos de la regresión. Edicione Paidós Ibérica: Buenos Aires: 1993.

BORGES, Jorge Luis. O Aleph. São Paulo, Companhia da Letras: 2008.

CABANAS, Edgar & ILLOUZ, Eva. Happycracia – Fabricando cidadãos felizes. São Paulo: Ubu, 2022.

EHRENREICH, Barbara. Sorria. Trad. Maria Lúcia de Oliveira. Rio de janeiro: Record, 2013.

FUREDI, Frank. 100 Years of Identity Crisis – Culture war over socialization. Berlim/Boston: De Gruyter, 2021.

LASCH. Christopher. O Mínimo Eu – Sobrevivência Psíquica em Tempos Difíceis. São Paulo: Brasiliense, 1996.

______. A Cultura do Narcisismo – A Vida Americana numa Era de Esperanças em Declínio. Rio de Janeiro: Imago, 1983.

LEJARRAGA, Ana Lila. O fazer analítico nos dias atuais. Cad. Psicanál. (CPRJ), Rio de Janeiro, v. 40, n. 38, pp. 11-26, jan./jun. 2018.

____________________. Sobre a ternura, noção esquecida, Interações, vol. X, nº 19, pp. 87-102, jan./jun. 2005.

OZ, Amós & OZ, Fania-Salzbergr. Os Judeus e as Palavras. São Paulo. Companhia das Letras: 2012.

PEIXOTO JR., Carlos Augusto. As relações objetais primárias no contexto da falha básica. Natureza Humana 6(2): 235-253, 2004.

PESSANHA, Juliano Garcia. Peter Sloterdijk: virada imunológica e analítica do lugar. Tese (Doutorado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, USP, São Paulo 2017.

RIBEIRO, Renato Janine. A Sociedade contra o Social – O alto custo da vida pública no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

SLOTERDIJK, Peter. Esferas I: Bolhas. São Paulo: Estação Liberdade, 2016.

_________________. Esferas I: Burbujas (Microesferología). Madrid: Ediciones Siruela, 2003.

[1] Há muitas maneiras de se pôr a termo a usual expressão “babá eletrônica”. Por exemplo, recentemente, Jean Twenge correlacionou aumento da depressão em adolescentes com o uso massivo das redes sociais, a partir de dados obtidos desde 2012.

[2] Seriam apenas os quatro meses de licença maternidade o que de melhor a sociedade pode oferecer à parturiente?

Imagem: colagem com fotos de Care Bears e Bill Branson/Wikimedia Commons

Sobre o autor

Ricardo Rodolfo de Rezende Prado

Psicanalista e consultor em escolas da rede particular de ensino. Graduado em Filosofia pela PUC-Minas, com formação e especialização em Psicanálise (Cinpp-Vale/Univap). Pesquisador do Grupo A Crise do Amadurecimento na Contemporaneidade, do Laboratório de Política, Comportamento e Mídia da Fundação São Paulo /PUC-SP – LABÔ.