Revista Laboratório Temática 4 – Arte Sacra Contemporânea: Religião e História

A via da Palavra

Resumo: O presente artigo explora o conceito de Logos no contexto filosófico clássico e no cristianismo. Examina-se a transição do pensamento mítico para o racional na filosofia grega, com destaque para os filósofos Tales de Mileto e Heráclito. O Logos é entendido como um princípio organizador do universo, uma harmonia de contrários e uma inteligência superior. Os filósofos cristãos Justino e Irineu estabelecem conexões entre o Logos grego e o Logos cristão. Justino reconhece a presença do Logos em figuras anteriores ao Cristo, enquanto Irineu enfatiza a função criadora e teofânica do Logos, destacando sua unidade com o Pai e sua manifestação plena em Jesus Cristo. O estudo do Logos é relevante para compreender a relação entre a Palavra encarnada e a Revelação divina no cristianismo.

Palavras-chave: Logos, filosofia grega, cristianismo, Palavra, Revelação, Justino, Irineu

Introdução

Paul Evdokimov, ao desenvolver sua teologia da beleza, em “A arte do ícone”, discorre sobre a relação íntima entre a Palavra e a Imagem. Para esse autor, existe um diálogo íntimo entre ambos, que “expressam os aspectos complementares de uma única e mesma Revelação” (EVDOKIMOV, 1991, p. 39). Ele argumenta que ouvir a Palavra, expressa de um modo tão significativo pelo “Shemá Israel”, se completa e eleva no ver a Deus pela liturgia (Palavra e Eucaristia encontram-se, portanto). Nessa relação, Evdokimov faz ecoar as palavras de Jó 42,5: “Meus ouvidos ouviram falar de ti, mas agora meus próprios olhos te viram”[1].

Ao discorrer sobre o assunto, é fundamental (e Evdokimov sabe bem disso) apropriar-se do significado de Palavra, que tem um significado distinto daquele a que recorremos no cotidiano. Para nós, palavra não existe apenas no singular, mas também no plural: palavras. Elas podem, inclusive, estar reunidas num único livro, acrescidas de seus significados, o dicionário. Recorrendo a um para obter uma definição mais precisa e elaborada, deparei-me com o seguinte: “Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos.”[2]

Essa definição, no entanto, não corresponde ao amplo horizonte ao qual Evdokimov nos lança. Isso porque ele não nos fala simplesmente de uma palavra, mas de uma Palavra, isto é, com inicial maiúscula e sempre no singular. Palavra, neste caso, nos aponta para a pessoa de Jesus Cristo, tomada enquanto sabedoria encarnada.

Como saímos da palavra à Palavra? A chave para essa resposta está no início do evangelho de João: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus”. Em algumas Bíblias, encontra-se o termo Verbo no lugar de Palavra. Mantém-se o sentido central: o Deus que se encarnou e redimiu os seres humanos. Por isso mesmo, a Palavra também é entendida teologicamente como sinônimo da Revelação. Dentro do catolicismo romano, por exemplo, toma-se essa unidade entre a Palavra e a Revelação com a fórmula “No seu Verbo, Deus disse tudo”[3], e ainda “O Filho é a Palavra definitiva do Pai, de modo que, depois d’Ele, não haverá outra Revelação”[4].

Figura 1: folha 20 do St. Gallen, Stiftsbibliothek, Cod. Sang. 368: Latin Gospel readings (https://www.e-codices.unifr.ch/en/list/one/csg/0368). Acessado em 23/05/2023. Na iluminura, vemos a águia, animal associado a São João Evangelista desde a Igreja Primitiva. O animal segura uma faixa com o início do Evangelho de João, em latim: In principio erat Verbum.


É interessante notar, porém, que Evdokimov não se contenta com o termo “Palavra”. O autor prefere o termo grego, da versão original do Evangelho de João: Logos. “O Evangelho de são João começa pelo mistério do Filho e o chama Logos. Traduzi-lo por palavra é reduzir o sentido infinitamente mais rico que o termo tem em grego” (EVDOKIMOV, 1991, p. 37). Para o autor, a melhor solução é manter o termo original, mesmo nas traduções – como foi feito, alega ele, na tradução latina de Irineu de Lyon[5].

Gostaria de comparar duas perspectivas sobre o Logos, quais sejam, a clássica (aqui representada por Tales e Heráclito) e a cristã (representada por Justino e Irineu), com o intuito de examinar a reflexão sobre a sua importância.

1) Do mythos ao logos

Conforme Ferrater Mora[6], Logos pode ser traduzido por “palavra”, “expressão”, “pensamento”, “conceito”, “discurso”, “fala”, “verbo”, “razão”, “inteligência”; também pode significar, derivando delas, “lei”, “princípio”, “norma”.

Dentro da filosofia grega, o termo Logos é amplamente utilizado, por diversas correntes; mas é fundamental destacar que toda a filosofia grega, desde a sua origem com Tales de Mileto, é considerada uma passagem do mythos ao logos, isto é, do pensamento mítico ao pensamento racional.

Para Tales, o princípio do mundo é a água. Mas o que isso significa? Que tudo vem da água, e a própria vida se sustenta na água, onde também acaba. Mais do que sua conclusão, a grande contribuição de Tales foi a sua pergunta: a partir desse momento, supõe-se um princípio, uma lei universal, que possa ser aplicada a todo o universo, enquanto descoberta de um princípio organizativo e geracional.

Reale nos lembra que a busca de princípios iniciada por Tales não está mais ligada às representações da imaginação, ou às figurações poéticas, como era até então: “(…) passou-se agora decididamente do mito ao lógos. E assim nasceu a filosofia” (REALE, 1998, p. 49).

Se o logosestá na filosofia grega desde sua origem, é com Heráclito que este termo ganha um novo olhar. Isso porque deixa de ser usado no seu sentido generalizado e passa a ganhar, também, um sentido mais técnico[7]; faz-se uma espécie de doutrina do logos, em que o logos aponta para a harmonia do universo.

Heráclito é famoso por sua ênfase no devir. Perpassa pela cultura a imagem de um rio em constante movimento, no qual não podemos nos banhar duas vezes, porque nem nós nem o rio somos mais os mesmos[8]. No entanto, ao sairmos desse rio, podemos nos perguntar para onde ele corre – ou de sua nascente. O devir – esse constante dinamismo ao qual somos lançados – não é solitário no pensamento heraclítico, mas “a constatação de partida para uma inferência muito mais aguda e profunda” (REALE, 1998, p. 65).

Ocorre que, para Heráclito, esse fluir é sempre de um oposto a outro: “As (coisas) frias esquentam, quente esfria, úmido seca, seco umedece”[9]. Se a realidade é compreendida dentro de um fluxo de contrários, então ela é, por consequência, uma espécie de guerra: “O combate é de todas as coisas pai, de todas rei”[10], diz o filósofo do movimento. Mas a constância desse contraste se revela, sobretudo, como uma harmonia de contrários: “o contrário é convergente e dos divergentes nasce a mais bela harmonia, e tudo segundo a discórdia”[11].

O que temos, então, é um eterno conflito de opostos que figura como princípio. Reale destaca que este princípio é explicativo de toda a realidade, numa dialética que antecipa Hegel (1998, p. 67). Almeida ainda nos aponta que esta conjugação entre os opostos é criativa; neste caso, os opostos “estão constantemente produzindo novas criações, novas transformações e, portanto, novas realidades” (2021, p. 38).

É na harmonia entre os contrários que encontramos o Logos: aqui, este termo não é simplesmente uma palavra, mas um princípio universal, uma harmonia cósmica. Trata-se, nas palavras de Almeida, de “uma razão inerente ao próprio mundo, ao próprio cosmos e aos próprios seres humanos” (2021, p. 38). A metáfora deste Logos é expressa, também, pelo fogo: para Heráclito, o fogo é o elemento fundamental.

(…) o fogo exprime de modo paradigmático as características da perene mutação, do contraste, da harmonia. O fogo, com efeito, é perenemente móvel, é vida que vive da morte do combustível, é incessante transformação em fumaça e cinzas (…)[12]

Esse Logos, como podemos suspeitar, é divino. Fica claro, ainda, que Heráclito lhe atribui uma inteligência superior: “O moco humano não comporta sentenças, mas o divino comporta”[13]. “Pois uma só é a (coisa) sábia, possuir o conhecimento que tudo dirige através de tudo”[14]. Logos, portanto, é um princípio realizador e governador de todas as coisas – e que inclui a racionalidade e a inteligência.

Se esse Logos é inteligente, a verdade consiste em entender e exprimir essa realidade harmônica entre os opostos. “Não de mim, mas do logos tendo ouvido é sábio homologar tudo é um”[15]. Daí a ideia de que a verdadeira sabedoria deve se afastar das aparências e das opiniões comuns, que acumulam noções particulares sem ter a compreensão geral. Para Reale, essa compreensão do papel do filósofo torna Heráclito “soberbo e, às vezes, chocante”, ao mesmo tempo em que ajuda a entender o seu estilo literário, qual seja: “a linguagem dos profetas, dos oráculos e das sibilas, vale dizer, a linguagem caracterizada pela mesma cifra do lógos que queria revelar” (REALE, 1998, p. 69).

Como síntese da doutrina heraclítica, convém registrar as palavras de Peters:

[para Heráclito] logos é um princípio organizacional subjacente do universo, relacionado ao significado comum de logos como proporção (frg. 1; 50), a regra de mudança frequentemente associada com o pensamento de Heráclito (p.e. frg. 60; 111). Essa harmonia, que é na verdade uma tensão de opostos, não deve ser entendida no sentido de um retorno cíclico, mas como um estado estável (frg. 10, 51). Esse princípio do logos, apesar de estar escondido e ser perceptível apenas pela inteligência (frg. 54; 114…), é ainda material.[16]

2) O logos cristão

Justino de Roma, considerado o primeiro dos filósofos cristãos, enfatiza a ligação entre o Logos grego e o Logos cristão. Para ele, “tudo o que os filósofos e legisladores disseram e encontraram de bom, foi elaborado por eles pela investigação e intuição, conforme a parte do Verbo que lhes coube”[17].O autor destaca nomeadamente Sócrates e Heráclito como pessoas que viveram segundo o Logos: “Portanto, aqueles que viveram conforme o Verbo são cristãos, quando foram considerados ateus, como sucedeu entre os gregos com Sócrates, Heráclito e outros semelhantes;”[18].

O que significam essas palavras? Para entendê-las melhor, há que se diferenciar entre o Logos total – aquele que se identifica com a pessoa de Jesus Cristo, em comunhão com a proposição joanina – e o Logos “germinal”, ou “em parte”. Para Justino, os filósofos anteriores ao Cristo tiveram suas ideias validadas à medida que elas participaram do Logos, à medida que as sementes do Logos já estavam presentes naquelas ideias e foram cultivadas por eles[19].

O Logos possui, em Justino, uma função criadora – por meio do Logos incriado o mundo foi criado:

Quanto a seu Filho, o único que propriamente se diz Filho, o Verbo, que está com ele antes das criaturas e é gerado, quando no princípio criou e ordenou por seu meio todas as coisas, chama-se Cristo por sua unção e porque Deus ordenou por seu meio todas as coisas.[20]

Ademais, o Logos é a Potência (δύναμις) de Deus no mundo: “Demonstraremos também que Jesus Cristo é propriamente o único Filho nascido de Deus, como seu Verbo, seu Primogênito e sua Potência”[21].

Figura 2 – Claudio Pastro, Criação


Irineu de Lyon, por sua vez, expande a compreensão a respeito do Logos ao resgatar sua dimensão bíblica perante o valentianismo, considerado herético. Lashier esclarece que o valentianismo entendia o Logos como uma das emanações dos 30 Aeons, manifestações do Pleroma divino[22].

Para Irineu, a interpretação valentiana não condiz com a noção trinitária. Para ele, ao compreender-se o Logos como emanação (e como Potência – δύναμις –, tal qual fez Justino[23]), o Logos seria um agente mediador inferior ao Pai, tanto no sentido epistemológico quanto no ontológico. Irineu, portanto, resgata a sua dimensão evangélica, destacando a função criadora e teofânica do Logos sem admiti-lo como uma Potência inferior[24].

São vários os momentos da obra de Irineu em que se destaca a função criadora do Logos, enfatizando sua imediaticidade: “Mas não pode ser aceito por quem sabe que Deus, sem precisar de nada ou de ninguém, criou e fez todas as coisas pelo Verbo”[25]; “Deus não precisa de ninguém, mas pelo Verbo e pelo seu Espírito fez tudo, ordenou, governa e dá o ser a tudo”[26]; ou ainda:

O verdadeiro Criador do mundo é o Verbo de Deus. Este é nosso Senhor, que nos últimos tempos se fez homem, ele que já estava no mundo e invisivelmente sustenta todas as coisas criadas e está impresso em toda a criação, como Verbo de Deus que tudo governa e dispõe; por isso veio para o que era seu, de forma visível, e se fez carne, foi suspenso no lenho, para recapitular em si todas as coisas[27]

Como se percebe, Irineu está sempre preocupado em argumentar que o Logos não “foi emitido por uma desviação ou por uma degradação”[28], diferenciando-se, portanto, da doutrina valentiniana. Lashier ressalta, ainda, que para Irineu o contraste enfatizado não é entre Deus e o Logos, mas entre Deus/Logos e as criaturas[29].

O segundo papel do Logos é a teofania – a revelação de si ao mundo. Esse processo ocorre desde o Antigo Testamento. Com efeito, tal abordagem não constitui uma novidade, pois já é encontrada em Justino. Mudam, porém, as ênfases. Irineu está preocupado em refutar uma compreensão topológica do Logos, em que o Logos já seria material antes da Encarnação – uma vez que a natureza seria, neste caso, resultado das emissões dos diferentes Aeons (compreensão que corresponde à doutrina valentiniana)[30]. Essa preocupação leva Irineu a enfatizar o caráter profético e parcial da revelação pelo Antigo Testamento: a revelação é profética, e nunca física.

Figura 3 – Claudio Pastro, a transfiguração


Para enfatizar a distância entre o conhecimento profético e o físico, Irineu cita Moisés: durante sua vida, não lhe foi permitido ver a face de Deus: “não poderás ver a minha face, pois o homem não me poderia ver e continuar a viver”[31]. No entanto, no episódio da transfiguração, Moisés viu a face de Deus, juntamente com Elias[32]. Para Irineu, a transfiguração é o cumprimento da promessa profética de que o ser humano veria a face divina:

Com isso queria dizer duas coisas: que é impossível ao homem ver Deus e que, graças à sabedoria de Deus, no final dos tempos, o homem o verá na sumidade da rocha, isto é, na sua vinda como homem. Por isso Moisés falou com ele face a face no cimo do monte, na presença de Elias, como relata o Evangelho, cumprindo assim a antiga promessa[33]

Essa distinção só é possível porque Irineu insiste na unidade entre o Logos e o Pai. “Aquele que me viu, viu também o Pai”[34], diz o evangelho de João – e Irineu concorda radicalmente com essa ideia: “por meio de seu Filho: o Deus incompreensível por meio daquele que pode ser compreendido, o Deus invisível, por aquele que pode ser visto, pois este não está fora dele, mas está no seio do Pai”[35].

3) Considerações

No presente estudo, exploramos o conceito do Logos, tanto no contexto filosófico clássico quanto no âmbito do cristianismo. Ao considerar inadequada a tradução de Logos como “palavra”, Evdokimov ressalta que o termo tem uma trajetória própria, sendo alvo de inúmeros debates ao longo da tradição filosófica e teológica.

Ao investigar a filosofia grega, vimos como o pensamento racional, representado por figuras como Tales de Mileto e Heráclito, se desenvolveu a partir do pensamento mítico. O Logos tornou-se um princípio organizador do universo, uma harmonia de contrários e uma inteligência superior. Essa compreensão pré-cristã do Logos serviu como base para os primeiros filósofos cristãos, como Justino e Irineu, ao estabelecerem conexões entre o Logos grego e o Logos cristão.

Justino de Roma reconheceu a presença do Logos em figuras da filosofia e da mitologia anteriores ao Cristo, argumentando que suas ideias foram validadas à medida que participaram do Logos. Já Irineu de Lyon enfatizou a função criadora e teofânica do Logos, destacando sua unidade com o Pai e sua manifestação plena em Jesus Cristo – o que torna o Logos cristão radicalmente diferente do Logos grego.

A discussão tão ampla quanto provocativa, que tem sua gênese já no cristianismo primitivo, mostra a relevância do estudo do Logos para a compreensão da fé cristã. Aprofundar-se nesse conceito nos permite apreciar a relação intrínseca entre a Palavra encarnada em Jesus Cristo e a Revelação divina. Na perspectiva cristã, o Logos não é apenas uma palavra ou um conceito abstrato, mas uma presença viva e atuante na história.

Para Evdokimov, a visão de Deus, máximo cumprimento da Palavra, também se revela na identidade da liturgia cristã e da arte sacra – é a própria Palavra, compreendida enquanto Logos encarnado, que se manifesta e revela a sua condição fundamental. Para o autor, a perda do sentido incarnacional do Logos cristão tem como consequência a perda do sentido visual/tátil da teofania, sem o qual não é possível compreender totalmente a arte sacra ou a liturgia. Resgatar a dimensão do Logos em sua plenitude torna-se, então urgente para a fé cristã.

Bibliografia

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BOEHNER, Philotheus; GILSON, Étienne. História da Filosofia Cristã. Petrópolis (RJ): Vozes, 1991.

EVDOKIMOV, Paul. El arte del icono: Teología de la belleza. Madrid: Publicaciones Claretianas, 1991.

FERRATER MORA, José. Dicionário de Filosofia, tomo III (K-P). São Paulo: Loyola, 2001.

HERÁCLITO. Fragmentos. In: Os Pré-Socráticos. Trad. Trad. José Cavalcante de Souza et al. São Paulo: Abril Cultural, 1989. (Os pensadores).

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LASHIER, Jackson. Irenaeus as Logos Theologian. Vigiliae Christianae, v. 66, n. 4, p. 341–361, 2012.

PETERS, F. E. Greek Philosophical Terms. New York: New York University Press, 1967.

REALE, Giovanni. História da filosofia antiga. 2a ed. São Paulo: Loyola, 1998. 5v.

CATECISMO da Igreja Católica: Edição revisada de acordo com o texto oficial em latim. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Paulinas, Paulus, Ave-Maria, 1999.

Notas

[1] BÍBLIA, Bíblia Ave-Maria, São Paulo: Editora Ave-Maria, 2016.

[2] “palavra”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/palavra [consultado em 24-05-2023].

[3] CATECISMO da Igreja Católica: Edição revisada de acordo com o texto oficial em latim. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Paulinas, Paulus, Ave-Maria, 1999, n. 64–65.

[4] Ibid., n. 73.

[5] Desconhecemos a tradução citada por Evdokimov: na consultada por nós consta o termo traduzido: Verbum (Tomo 1, p. 76 (Adversus Heresiaes, lib. 1, cap.1, no. 18); tomo 2, p. 29 – Adversus Heresiaes, lib 3, cap. 8, no 3), como podemos ver em mais de um trecho. Independentemente dessa filigrana, devemos nos ater ao central: a palavra Logos é rica em significado, mesmo séculos antes do advento do cristianismo, e é totalmente ressignificada a partir desse acontecimento.

[6] FERRATER MORA, José, Dicionário de Filosofia, tomo III (K-P), São Paulo: Loyola, 2001, p. 1794.

[7] PETERS, F. E., Greek Philosophical Terms, New York: New York University Press, 1967, p. 110-111.

[8] HERÁCLITO, Fragmentos, in: Os Pré-Socráticos, São Paulo: Abril Cultural, 1989 Cf. Diels-Kranz, 22 B 12; Diels-Kranz, 22 B 49a; Diels-Kranz, 22 B91.

[9] HERÁCLITO, Fragmentos; Dielz-Kranz 22 B 126.

[10] Ibid. Diels-Kranz 22 B 53.

[11] Ibid. Dielz-Kranz 22 B 8.

[12] REALE, História da filosofia antiga, p. 68.

[13] HERÁCLITO, Fragmentos; Diels-Kranz 22 B 78.

[14] Ibid. Diels-Kranz 22 B 41.

[15] Ibid. Diels-Kranz 22 B 50.

[16] PETERS, Greek Philosophical Terms, p. 111.

[17] JUSTINO DE ROMA, I e II Apologias; Diálogo com Trifão, São Paulo: Paulus, 1995, op. II Apologia, c.10 l.2.

[18] Ibid., op. I Apologia, c.46, l.3.

[19] cf. BOEHNER, Philotheus; GILSON, Étienne, História da Filosofia Cristã, Petrópolis (RJ): Vozes, 1991, p. 28–9.

[20] JUSTINO DE ROMA, I e II Apologias; Diálogo com Trifão, op. II Apologia, c. 5(6), l.3.

[21] Ibid., op. I Apologia, c.23, l.2.

[22] LASHIER, Jackson, Irenaeus as Logos Theologian, Vigiliae Christianae, v. 66, n. 4, pp. 341–361, 2012, p. 349.

[23] JUSTINO DE ROMA, I e II Apologias; Diálogo com Trifão, op. Dialg. 61.

[24] LASHIER, Irenaeus as Logos Theologian, p. 349–50.

[25] IRINEU DE LYON, Contra as Heresias, São Paulo: Paulus, 1995, liv. 2, c.2.4.

[26] Ibid., liv. 1, c.22.1.

[27] Ibid., liv. 5 c.18.3.

[28] Ibid., liv. 4, pr. 3.

[29] LASHIER, Irenaeus as Logos Theologian, p. 355.

[30] Ibid., p. 355–6.

[31] BÍBLIA, Bíblia Ave-Maria. Ex 33, 20.

[32] Ibid. Mt 17, 1-3.

[33] IRINEU DE LYON, Contra as Heresias, liv. 4, c. 20,9.

[34] BÍBLIA, Bíblia Ave-Maria. Jo 14, 9.

[35] IRINEU DE LYON, Contra as Heresias, liv. 3, c.11.5.