
Agradecemos ao City Journal por autorizar a publicação deste artigo.
Tradução: Marcos Pena Jr | Revisão: Luiz Bueno e Andréa Kogan | © Labô
Texto original: “Labour’s Century” – publicado em city-journal.org (12/6/2024)
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O partido que outrora procurou melhorar as oportunidades de vida no Reino Unido, agora esforça-se principalmente para melhorar a vida de oportunistas.
Há um século, em 22 de janeiro de 1924, um letreiro de jornal em Londres anunciava: “Lenin está morto (oficial). Ramsay MacDonald primeiro-ministro”. MacDonald foi o primeiro líder do Partido Trabalhista e socialista declarado a se tornar primeiro-ministro do Reino Unido. Muitos no país temiam que um governo trabalhista imporia medidas socialistas extremas, semelhantes às da Rússia soviética.
Por pelo menos duas razões esses temores se mostraram muito exagerados. MacDonald era o chefe de um governo minoritário, dependente do apoio do Partido Liberal na Câmara dos Comuns, que teria retirado esse apoio se o governo tentasse algo muito radical. Além disso, embora socialista na sua sensibilidade, o Partido Trabalhista era uma coalizão de tendências e não um partido disciplinado como os bolcheviques de Lenin: não tinha uma doutrina rígida que lhe permitisse estabelecer uma teocracia secular. É verdade que tinha uma ala esquerda conspiratória, que sempre assombrou o partido, impaciente por uma transformação imediata e completa da sociedade para o socialismo. O partido sempre foi suscetível à infiltração de comunistas de verdade, o que muitas vezes prejudicou sua elegibilidade ao permitir que seus oponentes levantassem o espectro do comunismo – mais recentemente, quando ativistas de esquerda impuseram o eterno revolucionário estudantil, Jeremy Corbyn, como líder por um curto período. A tendência predominante do Partido Trabalhista, no entanto, é reformista, não revolucionária.
MacDonald ressurgiu das cinzas políticas quando foi nomeado primeiro-ministro: ao contrário de muitos outros líderes do Partido Trabalhista, ele se opôs à participação da Grã-Bretanha na Primeira Guerra Mundial, um posicionamento impopular que predisse a ruína da sua carreira política. É intrigante especular sobre o que teria acontecido se ele tivesse realizado seu desejo: a Grã-Bretanha não teria dissipado sua vasta riqueza acumulada, mas a Alemanha teria se tornado a potência hegemônica na Europa.
MacDonald foi sem dúvida um homem notável. Lenin o desprezava como um mero reformista burguês, mas ser desprezado por Lenin era um sinal de decência humana. MacDonald nasceu nas Terras Altas da Escócia em 1866, filho bastardo de um trabalhador rural, John MacDonald, e de uma empregada doméstica, Anne Ramsay. Ele foi registrado ao nascer com o nome de James Ramsay. Isso mais tarde lhe causou alguns pesares: o jornalista chauvinista inescrupuloso e promotor de empresas fraudulentas, Horatio Bottomley, escreveu em seu jornal popular, John Bull, que MacDonald havia mentido sobre seu próprio nome para disfarçar sua ilegitimidade. Já acusado de covardia e traição por se opor à guerra, MacDonald foi expulso ignominiosamente do Moray Golf Club, recusando-se a ser readmitido muitos anos depois. É certamente um sinal de progresso moral que uma criança ilegítima não seja mais culpada por sua própria ilegitimidade; se é um sinal de progresso moral que mais da metade das crianças agora nasçam ilegítimas é outra questão.
A ascensão de MacDonald à proeminência foi árdua. Ele deixou a escola aos 15 anos, primeiro se tornou um trabalhador agrícola e depois um professor de crianças, mudando-se para Bristol e depois para Londres, onde aspirava a uma carreira científica, nunca alcançando um diploma, e envolveu-se profundamente no nascente movimento socialista. Casou-se com Margaret Gladstone, uma socialista interessada em reforma social e filha de um químico de carreira acadêmica; o casamento foi feliz, e ela lhe deu seis filhos, um dos quais se tornou o último governador colonial do Quênia. Ela morreu em 1911; MacDonald, profundamente abalado, nunca se casou novamente. De aparência distinta, bem-educado e culto, ele não teve dificuldade em se integrar à alta sociedade, tornando-se um dos amigos mais próximos da Condessa de Londonderry. Isso não o tornava popular entre os colegas socialistas.
Seu gabinete tinha muitos homens notáveis, alguns com origens ainda mais difíceis que a dele próprio. Permitam-me descrever alguns deles. Arthur Henderson, por exemplo, que se tornou secretário do Interior, natural de Glasgow, era filho ilegítimo de uma empregada doméstica e de um pai que morreu quando ele tinha dez anos. Começou a trabalhar em uma fundição de ferro aos 12 anos e depois se tornou líder sindical e pregador metodista. Em 1934, recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços na Conferência de Desarmamento de Genebra em 1932. Bem-educado e imperturbável, era conhecido como Tio Arthur.
John Wheatley nasceu na Irlanda, mas sua família se mudou para a Escócia quando ele tinha sete anos. Quando criança, trabalhou em uma mina de carvão e seria mineiro até os 24 anos. Sempre um católico fervoroso, ele também buscou melhorar seu nível educacional. Após um período trabalhando como repórter para o Glasgow Catholic Observer, fundou uma bem-sucedida empresa de impressão e publicação, escrevendo ele mesmo muitos de seus lançamentos, com títulos como Mineiros, Minas e Miséria, tornando-se próspero. Como ministro da Saúde de MacDonald, era estimado como um orador poderoso e bem-humorado, com excelente domínio dos fatos, não contaminado pela amargura.
Philip Snowden, o chanceler do Tesouro de MacDonald, era filho de tecelões. Seus pais, radicais políticos, eram metodistas, como Snowden foi sempre. Recebendo aulas extras de latim e francês em sua escola local em Yorkshire, tornou-se, como MacDonald, professor de crianças. Em seguida, trabalhou como escriturário, primeiro para uma companhia de seguros e depois no serviço público. Aos 27 anos, sofreu um acidente de bicicleta que o paralisou da cintura para baixo, e embora tenha aprendido a andar novamente (com bengalas), sofreu os efeitos dolorosos do acidente pelo resto da vida. Um socialista cristão, ele era fiscalmente conservador, acreditando firmemente em orçamentos equilibrados e ávido por cortar impostos. Um homem de sagacidade mordaz e charme privado, uma vez expressou o desejo de que sua lápide dissesse: “Ele trabalhou pelos pobres”.
William Adamson, filho de um mineiro escocês, deixou a escola aos 11 anos para se tornar ele também minerador; assim trabalhou por 25 anos. Ele ascendeu no Partido Trabalhista através do Sindicato Nacional dos Mineiros e foi, de fato, líder do partido até 1921. Sob MacDonald, tornou-se secretário de Estado para a Escócia.
James Henry (“Jimmy”) Thomas nasceu filho ilegítimo de uma empregada doméstica galesa e foi criado na pobreza por sua avó, uma lavadeira viúva. Aos nove anos, trabalhou como garoto de recados e, depois, como ferroviário. Ele também ascendeu no Partido Trabalhista por meio de seu sindicato (liderou uma greve de ferroviários nacional de sucesso) e no primeiro governo trabalhista serviu como secretário de Estado para as colônias, que então cobriam uma grande parte do globo. Ele era um homem cordial, muito querido pelo Rei George V, e conhecido por seu estilo dândi. Seu filho se tornou membro do parlamento pelo Partido Conservador.
J. R. Clynes, que MacDonald derrotou na disputa para a liderança do partido, era filho de um trabalhador irlandês. Trabalhou, aos dez anos, em uma fábrica de algodão, mas frequentava aulas após o trabalho e era um leitor assíduo, mais tarde surpreendendo a todos com suas citações de Shakespeare, Milton e da Bíblia. Também ascendeu através da atividade sindical, entrou para o Parlamento em 1906, aos 37 anos. Ele foi membro do primeiro gabinete de MacDonald, embora sem responsabilidade ministerial específica. Ele morreu no mês do meu nascimento, aos 80 anos, quase na pobreza – algo quase inconcebível para um político hoje. Congregacionalista, ele disse uma vez que a política do Partido Trabalhista era baseada no Sermão da Montanha.
É notável que tantos homens de origem humilde tenham se tornado membros do governo de um país que tinha ainda um grande poder. Suas lutas bem-sucedidas, embora dolorosas, para melhorar sua educação são dignas do mais alto respeito e admiração. Independentemente de seus sucessos ou fracassos, eram claramente idealistas, com um desejo genuíno de aliviar a condição da classe da qual vieram.
Acredito que seja impossível não se emocionar com suas histórias. E por mais que se possa rejeitar a teoria do socialismo no abstrato, não é surpreendente, ou repreensível, que homens com experiências de vida como as deles pensassem que um sistema diferente de organização econômica do que conheceram na infância era possível, desejável e melhor sob todos os pontos de vista. Mesmo em 1924, as condições eram deploráveis para trabalhadores de fábricas, fundições e minas. As horas de trabalho eram longas, os salários baixos e os acidentes frequentes. A seguridade social era miserável (a idade para receber pensão do estado, introduzida 18 anos antes, era de 70 anos, de modo que poucas pessoas a receberiam). Pode ser verdade que os padrões de vida tinham melhorado em comparação com a segunda metade do século XIX, mas esperar que as pessoas se satisfizessem com essa reflexão seria como esperar que pessoas famintas recusassem batatas porque engordam. As insatisfações presentes são sempre mais fortes na mente do que os progressos passados.
Mas se esses homens eram admiráveis, também vale considerar as virtudes da sociedade em que eles tiveram sucesso, e o fizeram sem o ressentimento tão prevalente hoje. Era uma sociedade estruturada em classes, é claro, provavelmente mais do que qualquer sociedade hoje. E havia esnobes até entre os socialistas – Beatrice Webb, por exemplo – que eram de classe alta.
Mas uma sociedade de classes não é necessariamente rígida, e se os meios pelos quais as pessoas tentam ascender dentro dela refletem seus valores, pode-se dizer que os valores da sociedade vitoriana tardia ou eduardiana eram admiráveis, ao menos parcialmente. Evidentemente, essa sociedade conseguiu inculcar respeito e sede por alta cultura e intelecto até mesmo em seus membros mais humildes, que também viam nisso um caminho para a ascensão. Além disso, os aspirantes não concebiam essa ascensão em termos puramente pessoais ou egoístas; pelo contrário, a aspiravam em nome de toda uma classe ou da sociedade como um todo. Eles queriam trazer civilização para as massas.
A resposta do Rei George V ao primeiro governo trabalhista foi surpreendentemente correta, generosa e eventualmente cordial. Ele naturalmente detestava e temia qualquer coisa que cheirasse a socialismo: os bolcheviques haviam massacrado seu primo de primeiro grau, o Czar Nicolau II, e toda a sua família. (George se sentia culpado por ter recusado asilo a Nicolau, com quem até então mantivera uma amizade próxima, embora não pudesse ter previsto seu destino.) Mas George decidiu pelo jogo justo e, em troca, conquistou aqueles que de outra forma poderiam ser hostis a ele. Por exemplo, ele reconheceu que os membros do novo governo não eram ricos e não podiam arcar com o elaborado traje de corte então obrigatório ao visitar o monarca (os salários dos políticos naquela época eram modestos). Ele chegou a apreciar as piadas obscenas de Jimmy Thomas; e quando MacDonald foi vê-lo após a queda do governo, George V disse: “Espero que tenha me achado um homem simples”.
O primeiro governo trabalhista durou apenas de janeiro a novembro de 1924 e geralmente se pensa que não alcançou muita coisa, embora tenha introduzido um programa de construção de moradias que, em poucos anos, ergueu meio milhão de casas. Ainda assim, estabeleceu o Partido Trabalhista como um dos grandes partidos do sistema bipartidário, no lugar dos Liberais, e em 1945, logo após a Segunda Guerra Mundial, teve uma vitória esmagadora. Este governo, sob o primeiro-ministro Clement Attlee, foi formidável o suficiente para retornar às ambições socialistas do partido: nacionalizou cerca de 20% da economia britânica, ampliou significativamente o estado de bem-estar social e fundou o Serviço Nacional de Saúde (NHS). Ainda hoje, as opiniões variam quanto a saber se isso foi um grande triunfo para a decência humana comum ou a causa original das dificuldades crônicas subsequentes do país e da incapacidade de competir nos mercados mundiais. A oficina do mundo parece ter se tornado a preguiça do mundo, com níveis excepcionais de não participação na economia.
A criação do NHS, a joia do Partido Trabalhista, foi, no mínimo, um triunfo de propaganda que só agora começa a ser questionado. Sim, a saúde da população melhorou muito após sua criação, mas não a um ritmo mais rápido do que antes de sua criação, e mais lento do que na maioria dos países da Europa Ocidental. Em 1948, a expectativa de vida na França era cinco anos menor do que na Grã-Bretanha; em 2023, era 1,5 anos maior. Embora a expectativa de vida seja determinada por muito mais do que o sistema de saúde, essa diferença dificilmente sugere um grande triunfo do NHS. A diferença com o progresso da Espanha, mesmo sob Franco, foi ainda mais marcante. O NHS carecia de um efeito igualitário mesmo dentro do país – a diferença entre a saúde dos mais ricos e dos mais pobres aumentou sob ele, e desde seu início. Novamente, é difícil provar a causalidade nesses assuntos: o fato de algo ter ocorrido após outra coisa não prova que aconteceu por causa dessa outra coisa. No entanto, a narrativa triunfalista e a mitologia do NHS, que se fixaram universalmente na mente britânica, impediram qualquer reflexão real sobre seu funcionamento e dificultaram os esforços de uma fundamental reforma até que se tornasse tanto vitalmente necessário quanto virtualmente impossível.
Aqui a historiografia desempenhou um papel importante. Tornou-se crença geral que, antes do NHS, não havia atendimento de saúde digno de nota na Grã-Bretanha; no entanto, na época da fundação do NHS, as pessoas geralmente aceitavam que os cuidados de saúde no país estavam entre os melhores disponíveis na Europa Ocidental. O problema (ou a vantagem) era que dificilmente se poderia dizer que era um sistema, com uma mistura instável e ilógica de contribuições voluntárias, caritativas, filantrópicas, locais e contribuições do governo nacional. Mas após o triunfo soviético na Segunda Guerra Mundial, o planejamento central em todos aspectos ganhou um apelo, especialmente para racionalistas de mente arrumadinha. Douglas Jay, um dos ministros de Attlee, proferiu a famosa declaração de que o homem de Whitehall (onde está localizado o governo central) realmente sabia mais do que a população em geral. Além disso, muitos previram que, com o atendimento de saúde universal e gratuito para todos na ponta, a saúde da população britânica melhoraria tanto que o custo desse serviço cairia, pois todos estariam então saudáveis. Como previsão, isso se revelou muito distante da realidade, e a Grã-Bretanha se viu presa a um sistema do qual agora não consegue se livrar.
O seguinte governo trabalhista, sob Harold Wilson, foi, de certo modo, uma transição de Attlee para Tony Blair. Seu espaço de manobra econômica era severamente limitado pela fraqueza crônica da economia britânica. Diante da inflação, privilegiou o controle de salários e preços, com efeitos previsíveis; também privilegiou o poder dos sindicatos (o Partido Trabalhista então dependia financeiramente dos sindicatos). Não surpreendentemente, isso obstruiu a eficiência econômica, pois os sindicatos procuravam promover os interesses de seus membros às custas dos interesses de todos demais: tudo em nome da justiça.
Esse governo, no entanto, também se concentrou em reformas sociais, algumas necessárias (como a descriminalização da homossexualidade consentida entre adultos), mas algumas com efeitos adversos a longo prazo, antevistos ou não. Ao liberalizar enormemente as leis de divórcio, por exemplo, e instituir o divórcio sem culpa, o governo esvaziou o casamento de grande parte de seu significado e fez do capricho a medida de todos os relacionamentos, com o resultado de que, quase 60 anos depois, é cada vez mais incomum uma criança britânica viver em um lar com seus dois pais biológicos. Isso leva a problemas que exigem uma intervenção pública cada vez maior – e, embora a dependência do governo possa ser ruim para as pessoas, é boa para o governo.
Nenhum governo conservador, incluindo o de Margaret Thatcher, reduziu o papel do Estado na vida britânica após um governo trabalhista tê-lo aumentado. No máximo, mudou o papel, e nem sempre para melhor. Thatcher, por exemplo, por quem tenho alta consideração pessoal, efetivamente legalizou – e institucionalizou – a corrupção no país, embora de um tipo especial. Ela não pretendia fazer tal coisa, mas quando disse aos gestores dos serviços públicos que deveriam agir de maneira empresarial, eles concluíram que deveriam ser empresários, levando à formação de grandes classes de apparatchiks e nomenklaturas, com um saque maciço do erário público. Os “negócios” que eles administravam eram todos fontes de dividendos (para eles) e de nenhum lucro (para o público).
Este foi um sistema que Blair herdou e expandiu significativamente, sob uma cortina de fumaça de benevolência, modernização e eficiência. Se ele fez isso com alguma intenção consciente, não posso dizer; mas a concessão de novos direitos à população, a regulamentação cada vez maior (supostamente para o bem público) e a obrigação dos serviços públicos de provar sua eficiência aumentaram as burocracias e mascararam a diferença entre público e privado (por meio, entre outras coisas, da contratação de consultores pelo governo). Não demorou, os salários daqueles que dirigiam entidades públicas dispararam. Vice-chanceleres de universidades públicas, por exemplo, que sempre foram bem pagos, agora davam a si mesmos salários que a maioria dos verdadeiros empresários invejaria. Argumentavam que era necessário pagar mais para atrair as melhores pessoas – mas não existia um mercado para estabelecer quem realmente era o melhor, apenas um cartel com uma definida consciência de classe. A classe da nomenklatura logo percebeu de que lado do pão a manteiga estava sendo passada. Sob Blair, ouviu-se a executiva-chefe do meu hospital dizer: “Meu trabalho é garantir que o governo seja reeleito”.
Não que ela tivesse algo a temer com a derrota nas eleições. Uma classe nomenklatura é fácil de criar, mas difícil de destruir, mesmo se houvesse vontade para isso, o que não havia. De fato, houve uma desconversada do Partido Conservador, fiel à sua tradição de falta de coragem ou princípios, para embarcar na briga. Afinal, era o meio pelo qual nulidades e mediocridades ambiciosas podiam prosperar grandemente.
Cem anos depois, tudo o que resta do propósito social do Partido Trabalhista são surtos ocasionais de retórica, desonesta e insincera, ao contrário da de MacDonald, Wheatley, Snowden, etc. O objetivo não é melhorar as oportunidades de vida de ninguém, mas melhorar a vida de oportunistas – gíria britânica para oportunistas que estão sempre procurando esquemas duvidosos para promover seus interesses sutis, eles podem nem mesmo perceber que é isso que estão fazendo.

